quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Pés no chão


É difícil encontrar razões em meio a uma turbulência de sentimentos. Nem sei ao certo o que se passa, mais sei quais são meus bons momentos de alegria. Ela traz a minha alegria. Se eu sei se é alegria mesmo? Basta olhar meu sorriso. Vai além de tudo, supera os outros fatos. Mas a vida parece querer tomar de súbito sempre a minha felicidade. O destino é motivo fraco demais para a minha desistência. Nem sei o que ando fazendo. Essa alegria volátil que me contagia, banha por dentro, mas que se esvai, deixando todo aquele vazio maior.
Sempre achei que ter os pés no chão fosse a melhor maneira de lidar com tudo, mas ultimamente a minha vontade de voar é incontrolável. Quero viver! Eu quero viver em cada abraço, cada grito de alegria, cada olhar, sorriso. Porque não dar lugar as minhas emoções? Mesmo que vazio, quero me preencher, ainda que de ilusões. Eu sempre quis saber o fim desse caminho, mas prefiro me preocupar com a beleza da paisagem agora. Mesmo que eu esteja morrendo em cada passo, se no fim das contas eu conseguir demonstrar tudo o que quero, vale à pena.
A vida se coloca assim, pronta pra levar ao céu e inferno em pouco tempo. Particularmente tenho provado de cada um destes, o que é suficiente para que não saiba qual deles me aguarda. E nessa minha batalha mental, quero descobrir em qual dos lados estou: o meu ou o que quero que seja meu. Realmente é correto que se tente fazer tudo dar certo, mas até que ponto isso está pagando o preço? Perguntas que quero responder um dia. Ainda que eu viva de ilusões, só me resta acreditar nelas.
Pensar na vida agora é mais difícil. Tudo o que preciso agora é me perder, deixar fluir e viver o que puder. Esse é o preço da felicidade: o risco. Agora estou disposto, a viver da minha maneira.

Felipe Peixoto

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