quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Pés no chão


É difícil encontrar razões em meio a uma turbulência de sentimentos. Nem sei ao certo o que se passa, mais sei quais são meus bons momentos de alegria. Ela traz a minha alegria. Se eu sei se é alegria mesmo? Basta olhar meu sorriso. Vai além de tudo, supera os outros fatos. Mas a vida parece querer tomar de súbito sempre a minha felicidade. O destino é motivo fraco demais para a minha desistência. Nem sei o que ando fazendo. Essa alegria volátil que me contagia, banha por dentro, mas que se esvai, deixando todo aquele vazio maior.
Sempre achei que ter os pés no chão fosse a melhor maneira de lidar com tudo, mas ultimamente a minha vontade de voar é incontrolável. Quero viver! Eu quero viver em cada abraço, cada grito de alegria, cada olhar, sorriso. Porque não dar lugar as minhas emoções? Mesmo que vazio, quero me preencher, ainda que de ilusões. Eu sempre quis saber o fim desse caminho, mas prefiro me preocupar com a beleza da paisagem agora. Mesmo que eu esteja morrendo em cada passo, se no fim das contas eu conseguir demonstrar tudo o que quero, vale à pena.
A vida se coloca assim, pronta pra levar ao céu e inferno em pouco tempo. Particularmente tenho provado de cada um destes, o que é suficiente para que não saiba qual deles me aguarda. E nessa minha batalha mental, quero descobrir em qual dos lados estou: o meu ou o que quero que seja meu. Realmente é correto que se tente fazer tudo dar certo, mas até que ponto isso está pagando o preço? Perguntas que quero responder um dia. Ainda que eu viva de ilusões, só me resta acreditar nelas.
Pensar na vida agora é mais difícil. Tudo o que preciso agora é me perder, deixar fluir e viver o que puder. Esse é o preço da felicidade: o risco. Agora estou disposto, a viver da minha maneira.

Felipe Peixoto

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Perdão


É engraçada a maneira de perdoar das pessoas. Mais engraçado é como surge esse perdão. Pena ou é só para agradar a estética "eu sou bonzinho e amo todo mundo"? Nem sei, prefiro pensar sobre como perdoar. O perdão vem de erros, que podemos apagar do curso da vida. Guardar rancor de alguma situação é ruim, mas esquecer que erros foram cometidos antes é burrice. Estar entre a espada e a espada. Apesar da minha pouca crença no mundo, ainda acho que pode existir alguma maneira de ver tudo de outro ângulo. Erros nos fazem ver a real importância dessas pessoas na nossa vida e constroem a personalidade. A ferida deixada sara, não importa quando e devemos estar sempre dispostos a aceitar tudo de novo, sem perder a memória passada.
Acho que o verdadeiro nome para isso tudo é tolerância. Existem pessoas que abusam dela e se metem nas situações; é realmente irritante. A tolerância nos faz ignorar os fatos, ou a existência das pessoas e situações. Até que ponto aguentar não perder a cabeça? Até que ponto já perdemos a cabeça? Sempre existe um limite para tudo. De nada adianta guardar toda a raiva, mas deixar as pessoas tomarem o curso da sua vida por você é absurdo; apenas algumas pessoas tem esse direito: os verdadeiros amigos. Pensar sobre nós é sempre tão fácil. Como vai a minha vida? Esses dias eu to bem...mas o estar bem depende de quem? Eu acho que quando gostamos de alguém, procuramos saber muito mais sobre a felicidade do próximo; caso contrário é muito mais egoísmo. E o egoísmo vale a pena? Até vale... se você viver sozinho no mundo.
Mas é impossível ser feliz sozinho. Então porque não jogar tudo o que é velho fora?Autoestima é tentar fortalecer a fraqueza humana. Não existe uma felicidade única, ideal. Decidi que não ouço mais conselhos. Não que eu desse real importância a eles, mas tinham um valor significativo em mim. É engraçado.

Felipe Peixoto

sábado, 25 de setembro de 2010

Autoconhecimento


Ainda quero saber quando irei me cansar do cinismo das pessoas. Todo relacionamento falso é assim, decepcionante. Desconfio de tudo hoje, mas ainda resta um pouco de crença. Desafio o mundo e não os meus ideais. Tenho minhas ideias convictas. As vezes lanço ideias que não são minhas, para ter o prazer de ver a minha oposição desmontar-se.
Desconfio do mundo. Nem eu mesmo me confio, mas estou convicto que devo confiar. Talvez isso seja só o resultado de mais um livro de autoestima. Não vim para dizer o que agrada, vim para silenciar e se o meu silêncio incomoda, é porque tenho pensamento forte o suficiente para saber o que faço. Prefiro não viver as outras fantasias, vivo as minhas e sou assim, indiferente ao mundo. É fruto da minha descrença.
Já levei a sério muitas palavras e percebi que até os sentimentos mais sinceros não se sustentam se não possui ideias convictas. Canso de ouvir. Já vivi tantas coisas que nem imagino, já não sei se misturo a realidade com o que quero que aconteça. Mas essa é a minha realidade! O mundo não dá certo porque achamos que dá, ele dá certo porque corremos atrás. E sabe do que mais? Vou viver assim! Cheio de intensas emoções; no fim elas valem à pena. Faz parte de mim buscar viver como quero, assim acredito no mundo.
O que não acrescenta faz falta por ser só o essencial, o básico, o objeto de exposição. Não sou essencial. Sou mais além de todos os pensamentos, discordo de mim mesmo e no fim entro em acordo, o que vale é o que penso. Não importa o quanto você se esforça ou o que fez, haverá sempre alguém com inveja para dizer que não está bom, alguém que não se satisfaça com todos os cuidados. O mundo quer imperfeições, ou as criam para poder estampá-las em letras grandes.
Existe um desejo incansável de se destacar e mostrar o pouco que tem e para isso as pessoas fazem de tudo. É mais sábio não se envolver. Se não me exibo, sou um problema. Amo minhas convenções e as sigo para ser feliz. Mesmo o vento muda a direção, não sou do mesmo jeito para sempre, tomo novos rumos e amadureço. Quero estar à frente de mim mesmo.
E qual a razão de tudo sem a felicidade? A felicidade preenche o que nos falta. Mesmo que o que preenchesse antes fosse oco, um buraco à mostra é mais visível para a dor. De nada vale pensar em tudo isso...sou só eu, mas me satisfaço. Essa é a verdadeira felicidade, ter o que precisa valorizado todos os dias. É nisso que acredito.

Felipe Peixoto

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

"Caso Neymar"


Estourou agora a notícia do menino mimado, capaz de dedidir o que quiser sobre o time. O Santos despede um técnico muito sábio. Dorival Junior sai do cargo de técnico por birras de um garoto que cresceu cheio de regalias e com muitas promessas nos bolsos. O "Caso Neymar" torna-se famoso pelo fato do garoto ter sua carreira em ascensão e ter muito talento, mas mostra um retrato de atitudes de jogadores influentes.
Como no caso do goleiro Bruno do Flamengo, o indesejável acontece. Um jogador sem estrutura familiar, passa a ganhar muito dinheiro e tem fama, "descola" algumas prostitutas e apartir disso o mundo está aos pés dele. Eles ganham muito dinheiro e não têm maturidade pra lidar com isso. São como recém-playboys. Casos como esse mostram que as pessoas se curvam pra quem "tem o poder na mão". O medo de perder o jogador vai desequilibrar o time, pelos próximos mimos de um moleque que começa a viver agora.
E as pessoas insistem em se curvar. Se ninguém se curvar, ele não se move. Mas mesmo assim, as pessoas se curvam, até mesmo a um moleque. O talento do jogador é inegável, mas a humildade costuma conquistar mais as pessoas. Alimentando o desejo dele, o Santos perde um técnico excelente e muito capaz. Só o talento não leva as pessoas pra frente.
Mais importante é que esse caso esteja extremamente divulgado, porque a diretoria de um time pode se curvar diante disso, mas o país inteiro não.
Vamos esperar para ver o resultado dele na seleção, o que já está quase decidido.
Minhas desculpas por ter abandonado a minha mochila D:, provas do colégio são f***.

Felipe Peixoto

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Reascender


Enxergar colorido é bom. Sentir os olhos piscarem e ver a cor explodir. Ver o mundo tomar cor é como se o ar de repente parecesse mais leve e banhasse de felicidade. Indescritível. Mesmo eu, tão cheio de palavras, encontro-me aqui perdido na emoção, calado. Pensamentos vêm e vão, e para onde vão é sempre tão difícil saber.
Pensamentos vão até o coração. Mais difícil encontrar. O coração se esconde, foge, brinca com as feridas da alma e no fim sorri calmamente, mostrando o lugar certo de estar. Até lá ele foge, volta, bate, machuca, mastiga e amarga, para enfim dar-nos o mais doce sabor do amor.
Melhor que qualquer sorriso, um olhar. Bastam algumas palavras pro mundo reascender em primavera, ou mesmo um piscar de olhos, uma ideia, a existência. Sentimentos afloram, e quase sempre aparece a pessoa certa.
É amar tão profundamente, a dor na alma. A dor que dilacera, incomoda, arde, mas engrandece e satisfaz. Pulsa e suplica por míseras palavras, pede pela reciprocidade, já conquistada na imaginação. Iludir e deixar-se dominar.
A fera. Sentir-se assim, aprisionado pela distância. Tão livre e preso, amarrado em outro lugar. Um lugar de lembranças imaginadas, alegres. É onde quero estar e estou em pensamento, um outro lugar onde tudo tem mais cor. Um lugar onde guardo o meu coração, na confiança.
Agora amo. Amo quando penso que não amei, mas amo sempre. Assim passa a vida de um apaixonado pelo amor, a inconstância, a dúvida e o medo. Medo de não sentir o coração acelerar de novo, medo de não assumir de novo para o mundo, que ainda há amor em cada parte.
Vivo de amores cultivados. Amores que vivo, sinto, respiro e intensifico em cada ponto. O meu amor e maneira de amar. Amo os menores detalhes, sorrisos, gestos, um piscar de olhos e palavras. Detalhes sempre foram a diferença.
Ainda hoje, depois de tanta vida percorrida, ainda não sei o que sinto. Carrego na alma a minha velhice de ouvidos e mantenho todo o vigor para amar novamente. Sou fênix que vê o fim de tudo, morre e renasce em chamas.
Perdoo erros, mas não os aceito se são previsíveis. Mesmo que um erro tome de súbito a minha vida, não deixarei de ser eu. Da mesma forma que o coração vai e vem, sou num sorriso, a porta do coração.
Tomado em mim, penso e penso sozinho. Mesmo que o mundo inteiro queira, se for só eu, serei só eu. Estou pronto para as pedras sempre. Seguro as que posso e devolvo com o meu silêncio, a prova da existência apagada, o esquecimento do que foi vivido.
Os mesmos braços que sustentavam a cabeça, hoje estão estendidos e sorrindo, esperando o encaixe certo da peça. Amando por inteiro.

Felipe Peixoto

Não resisti

Pessoal, vídeos fantásticos. Não sei quando vou parar de postar Comédia MTV aqui pra vocês. Os vídeos abaixo retratam perfeitamente a história das novelas da Globo. Observem o quanto essas novelas manipulam as pessoas, com pequenas propagandas e outras coisas; prova disso é o quanto uma personagem dita a maneira de milhões de adolescentes se vestirem. Resta a vocês saberem se é melhor pensar por sí, ou só seguir os outros sendo alienado. Eu sou do tempo que pensa com a cabeça inteira e não com os olhos.
Se ninguém se mover, nada acontece. O que mais me preocupa são as crianças que assistem esse tipo de programação, se acostumando desde cedo com a futilidade e a perfeição do mundo da novela. Se imaginam no futuro como uma das personagens, quer se vestir do mesmo jeito, falar do mesmo jeito. Crianças precisam de bom exemplo.
A banalização do sexo, fazendo parecer algo extremamente normal que deve ser feito. Faça sexo, não importa com quem, ou o que sente; faça sexo e você será muito muito feliz, porque ele vai resolver todos os problemas da sua vida.



O primeiro vídeo não coube, maaas está ai {:
Felipe Peixoto

Eleições de novo...

É bom pensarmos sobre as eleições agora. Divulguem essas idéias, ninguém muda o rumo do país ficando calado. Mais um vídeo do Comédia MTV.


Felipe Peixoto

Máscaras


Pensava sobre a morte, lembrando da vida. A morte era uma forma de escapar, sair de mim sendo eu até o fim. No fim de um dia. Recriar-me todos os dias para ter o prazer de deitar-me a noite, sabendo quem sou. Procurar em mim mesmo, respostas para as minhas perguntas e gostaria de saber que perguntas são essas; sabendo até onde sei que sou.
Sou por inteiro. Não conheço uma parte minha, logo não sou por inteiro. A parte que aqui fala, grita, e perturba constantemente, a necessidade de esvair e evadir. Como fumaça, intocável, mas levemente denso e discreto, conciso na existência. Existo. Por existir demais, não demonstro acreditar no que foge à realidade.
Disfarço. Muitas vezes sou o que desconheço ser e recrio a mim para poder encontrar de novo, montar o quebra-cabeças, viver a mesma vida com todas as máscaras. Máscaras são o grande mistério da humanidade. Essas demonstram emoções que precisam ser demonstradas e muitas vezes máscara nenhuma é necessária. Ao mesmo tempo que minhas máscaras ocultam a face, transparecem o que quero ser, o que quero estar sendo, mas sorrir chorando é quebrar o meu contraste, é quebrar-me.
Quebrar a máscara é me matar, na possibilidade de moldar minha face à máscara, é excluir um de meus lados e fazer uma careta. Assim ensaio para a vida. Mesmo no palco, a vida não é espetáculo, ou texto; sou eu em minha personagem, brincando de ser eu.
Se existem ou não pessoas na platéia, não importa. O que interessa é que elas não subam ao meu palco da vida, meu monólogo. Por isso testo máscaras, emoções... me testo no fim das contas. Essa é a minha existência, emocionar a platéia quando convir, me emocionar.

Felipe Peixoto

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Consciência

Depois de uma palestra do colégio sobre sustentabilidade e outros temas ecológicos, me sinto com uma obrigação maior de falar sobre isso. A crítica do vídeo do Comédia MTV (um programa que sou fã) fala por sí. O mundo vai acabar, boa sorte.


Felipe Peixoto

domingo, 12 de setembro de 2010

Até a última folha cair.



O vento e o sol anunciavam o amanhecer e a luz banhava a rua, ofuscando os olhos semi-abertos dos moradores. Ele acordou em sua terceira manhã de férias e da janela olhou-me com a mesma ternura que tinha há dez anos. Talvez hoje fosse um dia diferente dos outros, ou mesmo um daqueles dias em que uma sobra era sempre acolhedora, e isso não seria problema.
O cheiro do café dava vida à casa que até então parecia dormir. Aos poucos sentia cada parte, em uma delas o nosso segredo. Orgulhava-me daquela caixa presa às minhas aízes. A caixa que resistiu ao tempo e guardou cada momento, até mesmo quando não pude lhe esconder entre as raízes, e o vento arrancava aos poucos as folhas.
Achava que ele não lembraria daqueles bilhetes e da caixa com os segredos de uma vida. Estava abandonada, mas sabia que nada tinha mudado. Era esperado que a vida agora o tomasse nos braços e os velhos galhos fossem lembranças da infância; como as cartas de amor que estavam na caixa. Segredos que guardei com força, dentro da minha pequena alma e suas emoções que afinal eram também minhas; pois eram as únicas oferecidas a alguém no quintal de uma casa.
Naquela manhã, depois de tanto tempo, ele lembrou-se de mim. Desceu as escadas, comeu o que tinha na mesa e veio sentar-se do meu lado. Lia um livro que nunca tinha visto e ele concentrava-se, enquanto eu passava despercebida. Involuntariamente, rangi naquela madeira velha, mostrando-lhe a caixa; e como quem descobre um tesouro, ele abriu-a, fascinado.
Contemplando aquelas cartas e fotos, lembrávamo-nos de cada momento. Do seu esconderijo, uma pequena casa entre as folhas, nos dois galhos mais altos, onde trocávamos confidências silenciosas. Ainda restavam alguns pedaços de madeira, até o último inverno quando ele quebrou o restante.
Desde os oito anos, acompanhei cada choro e alegria, porque no fim de casa uma destas, ele sempre buscou no quintal de sua casa, guardar cada sentimento, sentado nas minhas raízes e eu absorvia aquilo a cada dia. Provável que a minha indiferença faria daquele lugar a minha vida, mas por cada emoção dele eu vivi e eternizei-me alí, junto àquela caixa. Ele continuou a visitar-me até o último inverno, quando minhas folhas caíram pela última vez.

Felipe Peixoto.
Conto dedicado à minha amiga Yngrid Sydnara.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Novos recursos


Minhas desculpas pelas últimas postagens não terem saído tão rápido, as vezes as coisas ficam meio apertadas e nem sempre tenho a inspiração pra escrever aqui.
Os contos vão continuar sendo postados aqui (:D) quem gostar, comenta e faça suas sugestões.

Novo post, novas ideias. Cada dia tenho percebido que temos que procurar novas alternativas para os problemas, sejam essas para encobri-los, ou resolver a situação de vez. Uma notícia no jornal O Povo me fez pensar sobre como os problemas tem sido empurrados com a barriga. A questão da proteção ambiental tem sido fortemente evidenciada, mas ninguém toma as atitudes pra que seja resolvido; prova disso é que nessa reportagem, cientistas diziam que a temperatura do planeta iria aumentar de qualquer forma, mesmo que não houvesse a emissão exagerada de gás carbônico que temos hoje. A previsão é que a temperatura aumentasse 1,3º C até 2060, então apartir disso você pode pensar o quanto não irá aumentar com os fatores agravantes que temos todos os dias, em todos os momentos. A dependência do mundo inteiro, com relação aos combustíveis fósseis já deveria ter mudado, mesmo porque apesar de envolver muito dinheiro, poderia ser ganho esse mesmo dinheiro com energias renováveis e limpas, que não acabassem prejudicando todos, mesmo porque já existem muitas energias renováveis altamente rentáveis e limpas. Intensificação do efeito estufa, desmatamento, queimadas, extinção de espécies, não podem ser problemas a serem pensados quando não houver mais solução.

Consciência quanto a questão de criação exagerada de animais, que existe pelo alto consumo. Não deve parar completamente a produção de carne bovina por exemplo, mas deve ser reduzida, assim como a produção de lixo e sua reciclagem, o uso correto da água. É MUITO chato ter que se preocupar com essas coisas, mas não se preocupar com elas vai tornar as coisas MUITO mais chatas futuramente. Faltam mentes que pensem mais na frente, lucro todos querem ter, mas fazer de maneira inteligente nem todo mundo faz. Mesmo o petróleo sendo altamente rentável, ele vai acabar e irá interferir muito em todo o planeta, é bem mais inteligente usar uma energia que não se esgote e seja limpa; todos saem ganhando. O grande problema da humanidade sempre foi esse, não pensar no futuro, e acabar por se destruir.

Felipe Peixoto.

domingo, 5 de setembro de 2010


De olhos fechados senti a luz bater em meu rosto. Mesmo o vento parecia entristecer ao passar por mim. A poeira brilhava e o fim de tarde estava quente. Quente o suficiente para acalmar os ânimos e fazer o por do sol muito mais interessante. Por acontecer todos os dias, ele nunca foi bonito, nem mesmo me importava vê-lo ou não; era só luz. Naquela tarde a luz que banhava meu rosto parecia ter outro sentido.
A luz que doía em meus olhos, me fazia senti-los, já que as lágrimas que quis verter, não foram capazes de acompanhar as palavras, reviradas no estômago.
O cabelo estava sujo, eu estava sujo. Sentia-me sujo de erros, decepções. Senti falta das lágrimas. Eram o meu conforto, a prova da dor e da existência de sentimentos. Agora eu era uma rocha. Frio e estupidamente maltratado para nem mesmo me sentir rocha, nem mesmo para sentir.
Mesmo o coração pulsando, de que adianta possuí-lo sem razões para me manter vivo? É difícil encontrar-se. Melhor morto do que morto em mim, a desistência do eu. Meio morto aqui estou, vendo a luz. Uma pedra iluminada, cercada de desejos, sentimentos, aspirações e que infelizmente o mundo deixou-o ser somente pedra. Uma pedra atirada a vários meios de caminho.
Uma pedra que atrapalha. Gera admiração, mas no fundo é só uma pedra, uma pedra rachada. O silêncio de uma vida, o silêncio da decepção, o silêncio da omissão. A luz aquecia-me, mas por dentro eu congelava. Queria apenas me despedaçar naquela tarde, ser pó. Como pó seria quase impossível atrapalhar caminhos e nem mesmo o meu próprio caminho seria traçado, seria levado por ele. Senti-me coisa. Ora parecia importante, ora apenas mais uma pedra no meio de tantos objetos. Ser uma pedra no meio de objetos úteis e ser só uma pedra, apenas existir.
Acabou a luz, o sol dava espaço a escuridão como eu preenchia da mesma, o espaço vazio. O vento continuava triste e eu banhei-me de lágrimas, que almeijei e que agora eram a minha luz.

Felipe Peixoto

sábado, 4 de setembro de 2010

Criações

Como já estava pretendendo, vou criar uma parte do blog, que deverá ser semanal, com contos e textos de amigos ou os que eu escrever. Quem quiser mandar textos pro meu email felipepxnb@yahoo.com.br fique a vontade :]. Minhas sinceras desculpas pelo último post que pode ter sido desagradável.

Deitei-me com a cabeça limpa, livre de pensamentos. Depois daquele banho, como se a água levasse além do calor do meu corpo, os restos das idéias que ainda insistiam em gritar na minha cabeça. A toalha jogada na cama trazia cada detalhe. Cada cena, sorriso, abraço, bilhetes e cheiro.

Além da água, lavei a alma que zelo, para que não quebrasse e se desfizesse com o vento; guardada entra muros fortes, mantendo a essência frágil e incompreensível. Na realidade livrar-se de um fardo é lavar a alma, e naquele momento procurei o peso e medi as palavras. Talvez eu não tivesse nada por dentro e criei uma ilusão para preencher, confortar o coração vazio, ou mesmo algo gritasse lá dentro.

Poderia sim ficar dentro daquele quarto escuro, pelo resto da vida, assistindo a luz subir e descer entrando pelos buracos na parede. De cabeça limpa, os meus pensamentos não gostavam de permanecerem na escuridão. O que acontece, acontece e o surpreendente acontece para que possamos lembrar do passado.

Não quero mais. Não por ocorrer da maneira inesperada, mas por acontecer de novo da maneira errada. O passado serve para que não aconteça no futuro, e com a mesma facilidade que as coisas podem acontecer, elas podem desaparecer.

Meus pés estavam frios. Frios de medo, de raiva, de tristeza. Estavam quase como me sentia por inteiro: morto. Respirava normalmente mas morto de ideias e perspectivas, morto de inocência. Ingenuidade pensar que algo vai dar certo, por aparentar estar bem.

Não amaldiçôo o vento, nem a sorte ou o destino, porque até mesmo estes estiveram do meu lado. Amaldiçôo a mim mesmo, a minha insistência nos erros. Amaldiçôo cada passo de ingenuidade. Já não sabia ao certo o que sentia, já que tudo se misturava à água e descia pelo ralo, como um dejeto, um excremento. Assim devem ser os pensamentos podres, componentes da sujeira humana.

Tudo bem estar saem planos ou rumos de novo. Provável que a melhor parte seja reescrever tudo, passar a limpo. Mesmo a inocência tem sua pureza, de demonstrar tão bem o que guarda. Ela nunca funcionou como um muro, era mais um foco de luz. Tentar substituir a mesma história é burrice, loucura, insanidade até. Nada é igual apartir do momento em que nada já foi nada antes. Apagar as palavras e escrevê-las de maneira diferente não muda a história. E na realidade é isso que vejo naquela toalha. Algo que enxuga as últimas gotas de decepção lavada. E ali elas irão secar ao sabor do vento, para que possa trazer o mesmo ar depois. Escrever outra história nas linhas erradas.

Mudando de assunto...

Bem pessoal, esse post vai mais sobre o que vem acontecendo na minha vida (vai ser a minha válvula), se não estiver disposto a ler, tudo bem, depois coloco mais coisas aqui.

Ganhar a confiança de alguém, é algo muito precioso e deve-se conservar isso bem. Machucar uma pessoa é sem dúvida muito ruim, para os dois lados. Ganhar a confiança de alguém que sofreu e machucar essa pessoa, isso sim é inaceitável (pelo menos penso isso). Depois do acontecimento de algumas coisas bem desagradáveis é normal que se esteja "trancado" para as mesmas; se isso acontece duas vezes então, fica bem mais difícil. Sempre existe aquela história do: "você não viveu, então não fale sobre o que você não sente". Essa historinha vale pra milhares de situações, e deve ser pensada antes de qualquer julgamento. Sempre penso sobre como é fácil falar do lado de fora das situações. Situações ruins, não são de um todo ruins, porque deixam lições, mas por incrível que pareça, sempre aparecem pessoas pra dizer que deve tentar algo, e se por acaso isso não dá certo, elas agem naturalmente, e jogam a culpa em você.

Pessoas inventam histórias, são impacientes, incompreensivas, e na maioria das vezes enchem o saco com as fofoquinhas.No fim tudo o que querem é que você seja irresponsável, não ligue para os outros, e acabe com a vida alheia. Maturidade é pra poucos, fazer o que.

Normalmente, as pessoas espertas pensam bem antes de cada atitude e tomam cuidado com elas, "indo devagar pra sentir o ambiente". É como entrar em um quarto escuro. Depois de tentar ir com calma em cada parte, tomar de uma vez a alegria de que tudo pode dar certo, as pessoas que caminharam com você pra isso, simplesmente largam-no, de qualquer maneira, e a culpa é sempre sua (apesar de você continuar seguindo).

Manter a confiança naquelas pessoas é bem difícil, mesmo quando depois de decepções elas conseguem conquistar um espaço em você (e isso é demonstrado). E quando as mesmas levam consigo as expectativas que foram construídas? Normalmente não é bom. De um todo é importante porque é bom a gente saber quem é que realmente tá com você, quem te conhece, quem não inventa histórias. São coisas que aprendi. Pessoas falsas são assim, aparecem pra fazer a bagunça, mas felizmente eu já conheci essa mesma história pra não pisar com os dois pés.

Fodam-se os que se incomodaram com o meu post :D é só a verdade.

Felipe Peixoto

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Eleições

É pessoal, o tópico passado (do mês de Julho)  não foi o suficiente. Eu tive esse alerta de novo, depois da minha professora de redação ter falado algumas coisas na sala. E como todas as minhas indignações com o mundo vem parar aqui eu vim descontar em vocês (muahahaha).

Sinceramente, eu não espero mais algo de bom da política. Não por ser aquele velho discurso que todo político é ladrão e que ninguem presta e blablabla; até porque tem muita gente que presta (eu espero). Mas não tem como esperar realmente algo bom disso, já que os verdadeiros culpados por toda essa merda são os próprios eleitores tapados (eles são quase uma Luciana Gimenez, mas não chegam a tanto, porque ela, enfim...). Candidatos sem o menor planejamento e seriedade, tratando o futuro do país como os seus shows de humor (no caso do Tiririca), fazendo palhaçadas na campanha eleitoral.


Entenda uma coisa: esses merdas só são eleitos, porque tem gente que não pensa no que tá fazendo. Se hoje já tem tanta coisa errada, colocar pessoas irresponsáveis para administrar o país é querer que tudo acabe num lindo mar de merda (porque a pizza já tá acabando). É claro que todo mundo tem o direito de se eleger, mas fazer isso com uma proposta decente.  Tem um candidato que o nome dele na propaganda eleitoral, é NINGUEM. Que merda é essa?

Já disse um amigo meu, Lucas Pitágoras, se essas criaturas tivessem a intenção boa de se eleger, não estariam prestando esse papel ridículo, que infelizmente temos que aturar. Muita gente detesta o horário político, porque está perdendo a novela, mas na hora de reclamar o preço do feijão... Quando é pra falar que não tem professor na escola, falta médico no posto, não tem rua asfaltada; é porque a maioria das pessoas desligou a sua tv enquanto tava passando o horário político, e não teve a mínima consciência de votar certo. Porque pra votar certo não é necessária escolaridade, diploma, ou coisa do tipo, é ser cidadão. Qualquer um pode fazer isso, e só nós podemos mudar. É através das decisões políticas que nós crescemos.

Felipe Peixoto