domingo, 25 de julho de 2010

ENEM


Até agora tem sido um verdadeiro mistério as características do novo modelo de vestibular adotado pela maioria das universidades brasileiras: o novo ENEM.
Isso tem gerado uma confusão imensa, houveram várias mudanças e foi uma confusão. Até agora ninguém sabe ao certo quais são os verdadeiros critérios de avaliação.
Inicialmente, você pensa: bom, a tentativa foi de incluir os alunos da escola pública na Universidade, foi de aumentar o número de pessoas cursando o ensino superior o que melhora a imagem do Brasil no exterior (já que obtivemos um péssimo resultado em um exame internacional que foi realizado).
Da mesma forma que você se pergunta: Bom, mais pessoas cursando o ensino superior significa que esses profissionais estão aptos a entrarem no mercado de trabalho?
A questão é que se você reduz o nível de seleção de um concurso, significa que mais pessoas passarão, mas ao mesmo tempo não significa que essas pessoas tenham total medida no seu curso.
O processo torna-se injusto apartir do momento em que não se modifica a base dos alunos do ensino médio para que o nível esteja maior. O processo seletivo precisa de pequenas modificações, não é aceitável a redução da dificuldade dele, já que os alunos precisam dominar o assunto.
Ai os professores universitários a favor da mudança falam: ah mas o modelo antigo era muito "decoreba", os alunos hoje a qualquer momento podem olhar o que quiserem na internet, o conhecimento é muito distribuído hoje, a qualquer hora você pode olhar no seu celular o que você quiser. Mal sabem eles que os alunos não devem portar celular e aparelhos eletronicos do gênero dentro de sala. E se fosse assim, um médico consuta exames de raios x, nada mais justo que um estudante consulte os livros na hora de um exame. A diferença é que um profissional está formado e o outro está sendo avaliado, e é aí onde começam os erros. Concordo que devem haver mudanças, mas tornar algo menos valorizado pra parecer que as coisas estão bem, é no mínimo ridículo.
Por outro lado o novo modelo visa habilidades do aluno como rápida leitura, e rápida leitura, e compreensão rápida, e rápida leitura, e compreensão rápida. Tudo bem, existem partes muito interessantes por precisarem de conteúdos abordados no dia-a-dia.
Além das velhas e boas específicas, que são fantásticas e que infelizmente no caso da UFC, foi pro espaço. Elas serviam como parâmetro na hora de avaliar as "aptidões" do candidato para o curso que escolheu.
Enfim, apesar de tudo não se pode perder a esperança né?(risos)
Afinal ela parece ser a única opção, e o que podemos fazer é torcer pra que modifique e vá se aprimorando, só espero que se preocupem mais com a boa formação profissional do que resultados internacionais, porque afinal de contas, eu acredito que não são eles que irão sustentar o país.

Felipe Peixoto

Um comentário:

  1. haha muito boa, eu queria adicionar que a ideia principal do enem: meter aluno na universidade já é altamente fail (da forma q eles estão tentando) porque, se não houver mudança no ensino público em geral, os alunos de escolas particulares SEMPRE terão maior vantagem nos vestibulares...Como já vem sendo mostrado nas estatísticas! Não tem pra onde correr, ou melhora a educação ou não!

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