Essas situações têm ficado cada vez mais comuns, já que existem muitos pais que não sabem criar seus filhos. Mimar uma criança é dar o seu passaporte para decepções na vida adulta. Acredite se quiser, você entregar tudo de bandeija pro seu filho vai deixar ele mais feliz por pouco tempo e aos poucos torná-lo uma pessoa insuportável. Criança chora, mas jajá esquece. Uma criança que cresce cheia de regalias acha que todos devem estar a sua disposição e consequentemente têm a obrigação de fazer o que querem. E a pior parte é quando esse indivíduo cresce, porque ele passa a acreditar que tem o direito de fazer o que quiser com as pessoas e que está acima delas por um detalhe qualquer. Cansei de conhecer pessoas assim. É melhor ensinar enquanto está pequeno, porque depois, a vida vai ensinar e pode apostar que vai doer muito mais do que uns simples tapinhas e sermões.
Também está sendo abolido o direito de uma criança ser criança. Cada vez mais vemos menininhas de salto alto e maquiagem indo pra escola, garotinhos cheios de pose. Talvez por isso temos tantas pessoas com porra nenhuma na cabeça. Uma criança deve ser acima de tudo, uma criança. Deve vestir-se como criança, brincar como criança e tudo o que é disposto na sua infância. Cada vez mais são impostos costumes sobre nós, mas devemos saber filtrar isso. Ser careta muitas vezes é a melhor opção. Não é correto roubar o direito de uma criança de viver a sua infância e começar a se conhecer. Mas tem gente que diz: "Ela gosta de sair assim, eu deixo não tem problema nenhum". É claro, já que uma criança toma por exemplo a imagem e construção familiar dos pais. Um dos pontos mais ridículos é quando os pais ou seja lá quem for, começa a ensinar sobre sexo a uma criança. Primeiramente entenda uma coisa: crianças têm medo de sexo (ooooooh!) e não há motivos pra que você ensine palavrões e erotismos pra uma criança. Sexo deve ser uma coisa comum, só não pode ser banalizado.
A infância é uma só, assim como a vida, não deixe que ela passe despercebida com esses amadurecimentos precoces.
Felipe Peixoto