sexta-feira, 13 de maio de 2011

Armadura


Falar de astros agora virou quase rotina...

A pior parte é olhar para as estrelas e ter medo do brilho delas. Ter medo de achar que elas estarão lá toda noite, mas não próximas o suficiente. Ter medo que elas simplesmente se apaguem, ou que sejam só um sonho tão profundo que continue a brilhar o tempo inteiro, como uma lembrança boa. A pior parte é saber as história que as estrelas carregam. Criei uma armadura que não sei se vale a pena usar. Talvez pelo peso que me impede de avançar, pelo formato que ela me deixou sem que me conhecessem atrás de tanta proteção. Todos os sentimentos soam ridículos falando de dentro de visões novas, as quais me acostumei. As vantagens de mudar é não cometer erros, e as desvantagens é não poder arriscar tudo com a mesma inocência. Não me interessa mais que sentido fazem as coisas, porque eu não conheço mais o sentido delas. Não interessam mais as mil palavras que eu digo pra mim.
Não sei dizer se é vantagem ou não conhecer os sentimentos. Sinto-me estúpido por ignorá-los e estúpido por senti-los. Não sei se quero que isso passe ou se aprofunde. Na verdade estou no limite das minhas emoções.
Sempre buscar conforto no céu estrelado, é agora uma grande armadilha que me impede de olhar pra cima e esquecer o chão, pelo menos por enquanto. O problema é até quando ficarei confortável só com o chão.
Confesso que minha vontade de sair apagando tudo quase superou a minha vontade de escrever pra mim. Não sei sobre a maioria das coisas, nem mesmo como concluir o que penso.
É isso.

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