quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Rodo Cotidiano


Rodo do Cotidiano O Rappa

Ô Ô Ô Ô Ô My Brother

A ideia lá
comia solta
subia a manga
amarrotada social
no calor alumínio
não tinha caneta nem papel
e uma ideia fugia
era o rodo cotidiano
era o Rodo cotidiano

0 espaço é curto
quase um curral
na mochila amassada
uma quentinha abafada

meu troco é pouco
é quase nada

Ô Ô Ô Ô Ô My Brother

Não se anda por onde gosta
mas por aqui nao tem jeito todo mundo se encosta
ela some ela no ralo de gente
ela é linda
mas não tem nome
é comum e é normal

Sou mais um no Brasil da Central
Da minhoca de metal
que corta as ruas
da minhoca de metal
como um Concorde apressado
cheio de força
voa, voa pesado que o ar
e o avião, o avião, avião
do trabalhador

Ô Ô Ô Ô Ô My Brother

0 espaço é curto
quase um curral
na mochila amassada
uma vidinha abafada

meu troco é pouco (x2)
é quase nada

Não se anda por onde gosta
mas por aqui não tem jeito todo mundo se encosta
ela some ela no ralo de gente
ela é linda
mas não tem nome
é comum e é normal

Sou mais um no Brasil da Central
Da minhoca de metal
que corta as ruas
da minhoca de metal que entorta as ruas
como um Concorde apressado
cheio de força
Voa, voa pesado que o ar
e o avião, o avião, avião
do trabalhador

Ô Ô Ô Ô Ô My Brother



Espelho


A água cai na pia, descendo pelo ralo. Pego um pouco com as mãos e lavo o rosto. Olho o espelho. Quem é esta imagem? Quem eu demonstro ser, afinal de contas? Sou parte de toda essa atuação.
Preciso ver esta minha imagem? Preciso ver o meu espelho para tentar satisfazer a minha vontade de ser? Atuar é fácil para alguns. Entrar em um mundo diferente e fingir viver outra história talvez seja a melhor forma de viver: transitando entre opiniões e vidas. Difícil mesmo é assumir a própria existência, deixar ser somente o ego, sem olhar a imagem do espelho. Ainda há aqueles que não negam a sua existência e nem fantasiam outra; apenas não deixam levar por quaisquer dos lados.
O mais interessante do espelho é que ele mostra o segundo mundo, sem direito a recriações. É o direito de assistir, pelos dois lados, à vida por um espaço. É perder-se entre os lados, para mudar um deles vendo o outro. O direito de enxergar-se por um instante. O direito de ser.

Felipe Peixoto

Deeeixa o menino jogar ♫


Uma música da banda Natiruts para que vocês possam refletir:

O valor de um amor não se pode comprar
Onde estará a fonte que esconde a vida
Raio de sol nascente brotando a semente

Os anos passam sem parar
E não vemos uma solução
Só vemos promessas de um futuro que não passa de
ilusão
E a esperança do povo vem da humildade de seus
corações,
Que jogam suas vidas e seu destino nas garras de
famintos leões

Deixa o menino jogar ô iaiá
Deixa o menino jogar ô iaiá
Deixa o menino aprender ô iaiá
Que a saúde do povo daqui
É o medo dos homens de lá
Sabedoria do povo daqui
É o medo dos homens de lá
A consciência do povo daqui
É o medo dos homens de lá

O valor de um amor não se pode comprar


Onde estará a fonte que esconde a vida
Raio de sol nascente brotando a semente
Sinhá me diz porque é que o menino chorou
Quando chegou em casa e num canto escuro encontrou
A sua princesa e o moleque fruto desse amor
Chorando de fome sem saber quem os escravizou

Deixa o menino jogar ô iaiá
Deixa o menino jogar ô iaiá
Deixa o menino aprender ô iaiá
Que a saúde do povo daqui
É o medo dos homens de lá
A consciência do povo daqui
É o medo dos homens de lá
Sabedoria dos povo daqui
É o medo dos homens de lá ♫


Tá na hora de saber quem são os homens de lá, e quem é que realmente pode fazer a diferença.

Felipe Peixoto.